Reportagem Especial – Argentina
Por Dhanvantari Swami
Este ano o Instituto Jaladuta está em Córdoba outra vez. O curso presencial é o Bhakti Sastri. A ênfase deste ano é “Comunicação e Expressão”, ou seja, como aprender a mensagem da consciência de Krishna e apresentá-la para todos os públicos.
Os alunos são especialmente extrovertidos, mas demonstram se sentir muito à vontade nesse ambiente de estudo intensivo.
A disciplina Bhagavad-gita I, que corresponde à análise estrutural do livro e seu fluxo filosófico, já está sendo concluída. A Bhagavad-gita II, que estuda a hermenêutica dos significados de Prabhupada, vai pelo Capítulo 2. E a Bhagavad-gita III, que estuda categorias filosóficas encontradas na BG e tem como objetivo estimular a pesquisa dos alunos, a produção de artigos e ensaios e a apresentação desses temas na forma de mesas redondas para diferentes públicos, já está aguardando a conclusão do primeiro trabalho para ser apresentado ao público no Centro Cultural de Córdoba (capital).
Mas, claro que estudar não é a única atividade dos alunos. Todo sábado fazemos uma caminhada pela vizinhança e sentamos numa praça ou no gramado à beira de um rio para fazermos um ista-gosthi com algum tema interessante. A beleza do lugar, com suas características regionais tão peculiares, produz um efeito estimulante nos estrangeiros, especialmente nos brasileiros.

Outro dia, recebemos a visita de vários devotos antigos, que viajaram mais de 10 horas de carro para passarem um fim de semana prolongado com nossa turma. Eles ficaram tão entusiasmados com a juventude Hare que decidiram oferecer uma oficina de arte culinária. Rapidamente se reorganizaram. Uma discípula de Prabhupada, Murti Murti DD, que aprendeu a cozinhar kacoris diretamente com Prabhupada na Venezuela, passou todas as dicas para os alunos. Daksa Kanya dd, que tem um famoso restaurante em Buenos Aires e aprendeu a cozinhar com Harikesh Das que, logo no começo do Movimento nos Estados Unidos, foi cozinheiro de Prabhupada, ensinou a fazer uma torta salgada que dá pra fazer até pra vender nos encontros de devotos e nas feiras vegetarianas, e Acarya Das, que já morou em NG e fez a 1ª pizzaria daquela Comunidade também passou o que sabe.
Os festivais de domingo do Instituto estão super bacanas, um grupo de Bhajan de alunas, chamado “as palomitas” cuja vocalista principal é Paloma, faz a abertura da sessão musical, quando também cantam dois outros grupos, o de Gaura Jivana, palhaço e dançarino profissional e o de Bhakta Sebastián, um devoto musicista da cidade vizinha, que conheceu o Movimento pela internet e já chegou no domingo sabendo cantar e tocar em seu violão elétrico várias canções Vaishnavas.



Algumas famílias levam seus filhos, então Mitravinda e outras devotas experientes reúnem a criançada para alguma atividade de cunho educativo/devocional.
A Prasada de domingo, nem se fala. Um dia foi fogazza outro, um tali indiano, e o melhor de todos foi um veggie-hamburguer montado ao gosto do consumidor com várias opções, incluindo dois tipos de maionese.




O público que frequenta o Festival de Domingo é formado por pessoas muito interessadas, a maioria recebe convite através de contato pessoal. Alguns vieram depois de um Harinama com distribuição de livros que fizemos no centro da cidade, alguns são devotos que residem na região.

As palestras da Bhagavad-gita são temáticas e seguem um ritmo que vai da apresentação do livro, suas características literárias e contexto histórico, até chegar no tema do dia e discorrer sobre ele até à conclusão.
A cidade vizinha que fica a menos de 10Km do Instituto tem um centro cultural recém inaugurado, onde um grupo de devotos antigos promove um encontro 2 vezes por mês. Noutra cidade, que fica um pouco mais distante, tem uma academia de yoga, dirigida por uma devota, que também faz um programa de Bhakti.
Monotonia é o que ainda não encontramos por aqui.

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Last modified: junho 23, 2025





