Por Dhanvantari Swami
Os poetas vaishnavas fazem um movimento metafórico de linguagem para retratar seu distanciamento de algum cenário da realidade, posicionando-se, ao mesmo tempo, como observador e protagonista, despertando, assim, instantânea identificação, empatia e admiração em quem os escuta.
Domingo passado, convidamos os membros da congregação de João Pessoa para uma “experiência poética”.
Escolhemos a canção Bhajahun Re Mana, de Govinda Dasa Kaviraja (1533-1613), publicada no Livro de Canções Vaishnavas da BBT-BR.

O encontro foi na residência de Premamayi Gaurangi e Dhavali, um lugar agradável, com uma sala espaçosa, especialmente idealizada para reunir pessoas enquanto têm o darshan das deidades de Jagannatha em Seu altar.
Alguns convidados eram bem antigos na missão de propagar a mensagem de Prabhupada naquela cidade, outros recém-iniciados, outros mais novinhos, e havia uma única moça, de nome Aye, em seus primeiros contatos com os devotos.
Cantamos a canção, liderados pela voz grave de Baladeva, ao doce som de sua mrdanga. Explicamos sobre o poeta bengali autor da canção e sobre Prabhupada como o tradutor original do texto. Falamos também sobre Acyutananda que foi um dos primeiros discípulos de Prabhupada a visitar a Índia e fez parte da famosa reportagem de um jornal local que descrevia os devotos estrangeiros como “elefantes brancos dançantes”. Foi ele que se inspirou em oferecer a Prabhupada o primeiro caderno de canções da Iskcon. Somente então, entramos na “viagem” da poesia.

Foi uma experiência edificante, que trouxe à tona a refinada emoção de observar o esforço que a alma corporificada faz para “domar” sua mente condicionada.
Depois desse banho intelectual, sentamos juntos para honrar um delicioso almoço preparado por uma equipe de devotas, liderada por Govindaji.
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Last modified: abril 24, 2025
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